Devido a globalização, comunicar-se em outros idiomas virou uma obrigação em muitas empresas.
A necessidade de falar fluentemente um segundo idioma aumentou consideravelmente nos últimos anos e tem sido um pré-requisito para se candidatar em boa parte das vagas de emprego, da recepcionista ao cargo de alto escalão. Para a especialista em Recursos Humanos e Psicologia Organizacional, Silvana Aquino, essa tendência teve forte influência da globalização e, por conta disso, comunicar-se em outros idiomas virou uma obrigação em muitas empresas.
“Estamos na era da inovação, tecnologia e economia digital, falamos de startups, brands, problemas climáticos, política, viagens, turismo e saúde mundial, temas que estão totalmente interligados entre si e são discutidos nos quatros cantos do planeta”, avalia a profissional.
Ela avalia que as organizações mudaram radicalmente seus processos seletivos em relação aos requisitos, e mesmo as que não são multinacionais, buscam quem possui fluência em outros idiomas. Por conta disso, excelentes profissionais têm sido substituídos constantemente por outros que possuem estas habilidades. Este é um dos fatores para o crescimento da informalidade e busca por novas formas de empregos.
“Estou na Califórnia justamente para melhorar minhas habilidades no idioma inglês, mas a experiência tem sido tão produtiva que acredito que também melhorei o espanhol e pude relembrar um pouco do que havia estudado em japonês, isso porque temos a oportunidade de estudarmos com alunos no mundo todo”, comenta a especialista, que possui experiência profissional e educacional no Canadá, Inglaterra e Estados Unidos.
Entretanto, ela explica que apesar do inglês ainda ser o mais requerido nos processos seletivos, ele não é mais suficiente. “O mercado está de olho em pessoas que além do inglês, falem espanhol, chinês e até o coreano. Aqui nos Estados Unidos, observei como valorizam profissionais que falam outros idiomas”, revela.
Dicas da especialista – Para quem pensa em desenvolver esta habilidade, a dica de Silvana é apostar num curso intensivo de dois anos, usar aplicativos para reforçar o conhecimento, passar a ouvir músicas e ver filmes em inglês. Em paralelo, planejar um intercâmbio de no mínimo quatro semanas.
“O intercâmbio é essencial para reforçar o aprendizado, mas acima de tudo para ganhar confiança e o que chamamos ‘soltar a língua’ e ‘perder a vergonha de falar’. Além disso, o estudante tem a oportunidade de fazer amigos do mundo todo, conhecer um novo país, aprender sobre história, cultura, culinária, arte e conhecer a si mesmo”, aponta a especialista em Recursos Humanos e Psicologia Organizacional.
E o assunto vale principalmente para os profissionais com idade mais avançada, pois Silvana explica que o mercado de intercâmbio tem evoluído e novos programas têm sido criados. Um dos produtos mais vendidos para adultos são os voltados para os que possuem de 30 a 60 anos. São programas que oferecem, além das aulas com metodologia adaptada, oportunidade de fazer networking, trocar experiências com pessoas da sua faixa etária e discutir sobre temas de interesse em comum.
Fonte: Em tempo